quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Porque não nego o dom de profecia.

Hoje no Brasil, com o advento de grandes publicações da teologia Reformada(Calvinista) e com a divulgação da tradição Reformada através da mídia, congressos e Internet, além do investimento e democratização dos estudos teológicos, cresceu no meio dos evangélicos a descrença nos dons espirituais, em especial o dom de profecia. Por um outro lado, a banalização do Santo Dom: profetadas, profestas profissionais, visitas a casa de profetas e coisas desse gênero, levou até os mais crentes, duvidarem um pouco dos dons, fortalecendo sua descrença pelo bombardeio e o proselitismo promovido pelos cessacionistas (os que não crêem nos dons), principalmente através da mídia, internet e de livros. Através de uma mensagem sutil, e que, na maioria das vezes inicia sempre com críticas aos neopentecostais, apelando para à má experiência (todo cristão teve uma má experiência dom um "profeta") do leitor ou ouvinte, aí encaixam-se argumentos bíblicos produzidos  pela tradição teológica protestante (e as vezes católica) e pronto! Vem o veredicto, não existe a atualidade do dom de profecia.   
Crer ou não crer nos dons diz respeito a cada um. Ao mesmo tempo em que, crer na atualidade dos dons do Espírito Santo não nos faz omitir, ou desconsiderar a banalização de muitos evangélicos a esse privilégio dado pelo Santo Deus à sua Igreja. Assim como denunciou David Wilkerson, "Isso não é o Espírito de Deus" cair do poder, pulos, rodopios, banhos de azeite, unções do riso, multiplicação, atos proféticos e etc. Uma verdadeira meninice promovida por mentes férteis, sem nenhum argumento bíblico, a não ser um ou outro versículo isolado.
Por um outro lado, o fato de ser contra toda essa "meninice" promovida pelos "novos pentecostais", não pode obscurecer as muitas experiências (embasadas na Bíblia) pentecostais, através dos séculos, até mesmo por líderes da tradição Reformada.

No meu caso, tentei veementemente negar os dons, em especial o dom de línguas, mas assim mesmo continuava orando em línguas, sempre muito contido, mas fazia o possível para orar só em entendimento e não em línguas, "Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida."(1 Coríntios 14:19) mas quando orava em línguas sentia (e sinto) um arder no coração, um alegria que não era normal, (mas nunca  esperneei, ou cai). Em relação a profecia, minha vida foi marcada por muitas experiências boas (quando era de Deus) ou mas (quando eram da carne) com profecias, mas sempre tentei exercer o conselho de Paulo, " Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem." 1 Tessalonicenses (5: 19:21). Tenho prova pessoal de que o dom de profecia é um instrumento utilizado por Deus em minha vida, em algum tempo na minha vida, foi-me revelado o que esta a acontecer hoje, através da profecia, alguém chegou a mim e disse: Deus manda te dizer isso. E hoje tenho as provas reais ao ver tudo sendo realizado, ao mesmo tempo em que tenho muitas profecias para cumprir em minha vida.
O dom de profecia no dia dos apóstolos, não tinha o mesmo valor que as profecias das Escrituras, ela deveria ser julgados pelos Apóstolos (1 Tes 5:19-21). É algo que  hoje, deve ser confirmada através do julgamento da palavra de Deus. Apesar da tradição Católica e Reformada não crer e até combater, a continuidade dos dons. Um fenômeno mundial é que cada dia que passa mais protestantes tornam-se continuístas, isso acontece por não conseguirem "encaixar" em seus sistemas teológicos as muitas experiências sobrenaturais promovidas pelo Espírito Santo na vida dos homens. 
Apesar de crer na profecia, de acreditar que o dom é da igreja e não do indivíduo, de acreditar que o dom de profecia aproxima o homem de Deus, como disse Spurgeon:
"Poderia contar pelo menos uma dezena de casos semelhantes em que apontei para alguém no salão sem ter o menor conhecimento sobre a pessoa ou nenhuma certeza de que o que disse estaria certo, a não ser o fato de que acreditava estar sendo tocado pelo Espírito Santo para dizê-lo; e o que dizia é tão preciso e atordoante, que as pessoas saíam e diziam aos amigos: 'Venham ver o homem que me disse tudo que já fiz; sem dúvida, deve ter sido enviado por Deus para falar à minha alma, de outra forma não poderia ter dito tudo tão precisamente'. Não somente isso, mas passei por muitas situações em que o pensamento dos homens me foi revelado no púlpito..." (SPURGEON, Charles H. The autobiography of Charles Spurgeon, II: 226-7)
Creio nisso tudo, mas por favor, não me chamem para "Casa de profeta", cultos com mulheres histéricas, falando grosso e dizendo: Eu sou profeta de Deus. Nem em cultos onde a Palavra de Deus fica em segundo plano, mas a atração é um "Vaso", "Profeta", um "verdadeiro vidente". Um indivíduo com extrema arrogância se achando o próprio João Batista, profetizando sem parar.... Por favor desprezo o convite. Que Deus os abençoe.
Segue um vídeo de Piper falando sobre o continuismo.