José da Cruz Policarpo, mais conhecido como D. José Policarpo, ou D. José IV, nasceu em Alvorninha, aos 26 de fevereiro de 1936 e faleceu em Lisboa no dia 12 de março de 2014.
"D. José Policarpo foi, até 18 de Maio de 2013, cardeal-patriarca de Lisboa, cargo que ocupava desde 1998, o que contribuiu para se destacar como uma das principais figuras da Igreja Católica em Portugal. Participou em dois conclaves: no de Abril de 2005, que elegeu Bento XVI, e no de Março de 2013, que culminou na escolha do Papa Francisco. Foi, ele próprio, dado como possível ocupante do maior cargo da Igreja Católica. Em 2005, antes da eleição de Ratzinger, chegou a ser caricaturado pela imprensa internacional com uma nuvem de fumo à sua volta, por causa dos cigarros que fumava compulsivamente¹".
Um homem de muitas virtudes, de um intelecto invejável.
Era “um homem corajoso, que não pedia licença para dizer o que pensava”, recorda o presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, Fernando Soares Loja.¹
O que poderia eu dizerem minhas humildes palavras deste homem? Quais os críticas que poderia eu fazer a este homem tão admirável? Certamente nenhuma.
Mas proponho uma reflexão. Um homem que defendia à integridade da Igreja, que lutava pela família e por princípios fundamentais para à Igreja desse país, mas que não foi forte no que se trata ao tabagismo!
É pena! Um homem que tinha uma familiaridade tão grande com o latim, que " o chamava de tu", (latim é um dos meus sofrimentos), considerado um dos mais importantes personagens da Igreja portuguesa, morre, mas sem separar-se da cigarrilha (cigarro).
Por mais que fosse considerado "Um ‘santo’ com os pés na terra"², e que nunca esqueceu de suas raízes "Não esqueceu as origens, a aldeia onde nasceu"³. D. José perdeu para o cigarro.
Espero que a lembrança que prevaleça de D. José Policarpo seja a de intelectual, corajoso e não de fumante. Todavia sua morte me trouxe uma reflexão! Que a igreja se seculariza à cada dia e afasta-se de seu princípio de virtude. Quantos Dons Josés existem, que a cigarrilha ou outros vícios fazem parte de seu cotidiano? Que o sacerdócio é mais uma de suas atividades?
E se a Igreja mudar para uma simples atividade intlectual, uma simples instituição?
A cada dia que passa devemos ter em mente os exemplos de Cristo. O Cristo tentado e que vence as tentações, (Mateus 4:1-11, Marcos 12:13 e Lucas 4:1-13) o que nada, absolutamente nada deste mundo poderia vencê-lo, pois os seus olhos não estavam na terra, no governo deste mundo, como Ele mesmo declarava "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (João 6:38).
A igreja "eclésia" os "chamados para fora", não tem placa, denominação, não tem cor, nem raça, letrados ou não-letrados, ricos ou pobres, mas são homem e mulheres, que vivem com um único objetivo, fazer a vontade daquele que nos enviou (Marcos 16:15). Pessoas que sua comunhão com o Pai é tão intensa que já dizia os sacro escritor "(Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra." (Hebreus 11:38), nunca abandonaram seu chamado par embaraçar-se neste mundo vil.
Os tempos mudam mas Cristo é o mesmo, nossa Fé não pode mudar "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." (Hebreus 13:8).
Que sigamos firmes nos ensinos de nosso mestres que como Paulo assim instruiu o seu discípulo "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido." (2 Timóteo 3:14).
¹http://www.publico.pt/sociedade/noticia/morreu-d-jose-policarpo-o-patriarca-que-nao-pedia-licenca-para-dizer-o-que-pensava-1628111#/0
²http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/um-santo-com-os-pes-na-terra
³ Ibdem.